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Análise de "Pauliceia Desvairada" de Mário de Andrade

Débora Biase

"(...) Bilac representa uma fase destrutiva da poesia; porque toda perfeição em arte significa destruição. Imagino o seu susto, leitor, lendo isto. Não tenho tempo para explicar: estude, se quiser (...)".

     A obra “Paulicéia Desvairada” foi criada em um período de fortes mudanças na cidade de São Paulo, transformações na vista urbana que aconteceram devido à intensa industrialização e grande crescimento demográfico.

    A Obra foi publicada em 1922 por Mario de Andrade, considerada a primeira obra fiel da vanguarda do Modernismo Brasileiro. Nela, percebe-se também o verdadeiro rompimento do autor com as suas formas de escrever no passado, uma vez que ele procura escrever o prefácio do livro de forma irônica para tratar de sua própria arte como também para citar poetas antigos, como por exemplo, Olavo Bilac com a intenção de criticar também suas estruturas.

    O livro tornou-se famoso também por ter, em sua grande maioria, tons irônicos, duvidosos e de perplexidades em relação à cidade de São Paulo, já que esta sofria mudanças radicais em sua paisagem. Para o autor sua cidade natal encontrava-se em um período conturbado de mudanças negativas.

    Ele descreveu a cidade de forma infiel à estética, priorizando sempre o sarcasmo, característica herdada pelo dadaísmo. Isso foi necessário ao autor para que o mesmo pudesse fazer suas críticas sociais.

    O livro acabou por se tornar por muitos a melhor forma para representar o manifesto modernista, por ter em sua obra o anseio em unir coisas totalmente diferentes para que no fim houvesse uma ligação entre elas (sarcasmo e ironia com a crítica urbana).

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