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Manuel Bandeira

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Obras

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             Manuel Carneiro de Souza Bandeira Filho é um importante poeta na história do modernismo brasileiro. Filho de Manuel Carneiro de Souza Bandeira e Francelina Ribeiro de Souza Bandeira, nasceu em Recife no dia 19 de abril de 1886. 

             Em 1890 sua família se transferiu para o Rio de Janeiro, deixando o Recife, voltando dois anos depois para Pernambuco. Após o retorno, Manuel começou a estudar no colégio das Irmãs Barros Barreto e depois no Virglinio Marques Carneiro Leão, na Rua da Matriz. Seis anos mais tarde, sua família mudou-se novamente para o Rio, onde ele passou a frequentar o Externato do Ginásio Nacional (hoje Colégio Pedro II). Neste mesmo ano, com 10 anos de idade, o poeta publicou seu primeiro poema, um soneto em alexandrinos que saiu na primeira página do Correio da Manhã.

             Em 1903 foi para São Paulo estudar na Escola Politécnica e em 1908 iniciou sua preparação para se tornar um arquiteto. Começou a trabalhar nos escritórios da Estrada de Ferro Sorocabana e teve aulas de desenho de ornato no Liceu de Artes e Ofícios. Porém, no final do ano seguinte, o autor ficou sabendo que tinha tuberculose e abandonou suas atividades, voltando para o Rio de Janeiro. Em busca de melhores climas para sua saúde, passou temporadas em diversas cidades, como: Campanha, Teresópolis, Maranguape, Uruquê, Quixeramobim.

             Em 1910 entrou em um concurso de poesia da Academia Brasileira de Letras, não lhe sendo conferido, entretanto, nenhum prêmio. Leu Charles de Guérin e tomou conhecimento das rimas toantes que empregaria em Carnaval. Sob a influência de Apollinaire, Charles Cros e Mac-Fionna Leod, escreveu seus primeiros versos livres, em 1912. No ano seguinte embarcou para a Europa a fim de se tratar no sanatório de Clavadel, onde reaprendeu o alemão que estudara no ginásio. No ano seguinte voltou ao Brasil devido à Primeira Guerra Mundial, vindo morar novamente no Rio.

             Perdeu a mãe em 1916, a irmã em 1918 e o pai em 1920. Neste meio tempo, em 1917, publicou seu primeiro livro “A cinza das horas”, numa edição de 200 exemplares custeada pelo autor. João Ribeiro escreveu um artigo elogioso sobre o livro. Em 1919 publicou seu segundo livro, Carnaval, em edição custeada pelo autor. João Ribeiro elogia também este livro que desperta entusiasmo entre os paulistas iniciadores do modernismo.

             Em 1922 passou a se corresponder com Mário de Andrade.  Bandeira não participou da Semana de Arte Moderna, realizada em fevereiro em são Paulo, no Teatro Municipal. Na ocasião, porém, Ronald de Carvalho lê o poema "Os Sapos", de "Carnaval". Neste mesmo ano seu irmão faleceu.

            Nos dois anos seguintes, publicou poesias, artigos e críticas, e começou a ganhar dinheiro com literatura, por insistência de Mário de Andrade. Em 1931 escreveu crônicas semanais para o Diário Nacional e críticas de cinema para o Diário da Noite, do Rio. Dois anos depois foi nomeado pelo Ministro Capanema inspetor de ensino secundário e no ano seguinte foi homenageado pelos seus 50 anos através da publicação de exemplares um pormas, estudos críticos, comentários e impressões sobre o poeta.

             Grandes comemorações marcaram os cinquenta anos do poeta, em 1936, entre as quais a publicação de Homenagem a Manuel Bandeira, livro com poemas, estudos críticos e comentários, de autoria dos principais escritores brasileiros. Publicou Estrela da Manhã (com papel presenteado por Luís Camilo de Oliveira Neto e contribuição de subscritores) e Crônicas da Província do Brasil. Também a estreou como crítico de artes plásticas no ano de 1941. A obra escrita do autor foi muito vasta e rica, e até hoje é de grande importância para os estudos de literatura brasileira.

             Recebeu o prêmio da Sociedade Filipe de Oliveira por conjunto de obra, em 1937, e publicou Poesias Escolhidas e Antologia dos Poetas Brasileiros da Fase Romântica. No ano seguinte foi nomeado professor de literatura do Colégio Pedro II e membro do Conselho Consultivo do Departamento do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Publica Antologia dos Poetas Brasileiros da Fase Parnasianae Guia de Ouro Preto.

             Os anos posteriores foram marcados pela variedade de obras originais que Manuel Bandeira publicou e traduções de peças de outros autores importantes como Shakespeare, Jean Cocteau e Fréderic Mistral, além de biografias de outros escritores produzidas por ele.

             O autor faleceu no ano de 1968 no hospital Samaritano, em Botafogo, às 12 horas e 50 minutos, do dia 13 de outubro, sendo sepultado no mausoléu da Academia Brasileira de Letras, no Cemitério São João Batista.

Biografia

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