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Minha Incessante Busca

Levi Álef

        Em minha frágil, curta e leve experiência nessa jornada de vida, observei a pequenez e insignificância das coisas e pessoas que dizem por aí ser “grandes” e em menor proporção constatei a até intrigante grandeza das pequenas coisas que por vezes são desprezadas por nossa obra literária, nossa música, e quase todas as artes produzidas nesse arrogante século.

        Em minha frágil, curta e leve experiência nessa jornada de vida encontrei-me com seres tão rudes e brutos em sua busca por poder, riqueza e status quo que se escondendo numa armadura de seda e botões aproveitam-se daqueles que chamam de “meus amigos e minhas amigas”.

        Em minha frágil, curta e leve experiência nessa jornada de vida, vi e ouvi um aglomerado de zumbis da informação zombarem dos mais vividos. Eles costumam expor fotos nas redes, fazendo feições avulsas e vazias tentando mostrar algo que não são. Gostam de ouvir música alta e discutir sobre algo que viram e não refletiram, de forma tão inculta que é de enjoar os ouvidos seus argumentos fracos e sem base.

        Em minha frágil, curta e leve experiência nessa jornada de vida não consegui conter meus brados e tentativas de trazer-lhes liberdade. Tentei com mitos, mas eles os desvendaram. Tentei com música, mas eles não apreciaram. Tentei com argumentos racionais, mas não me ouviram a voz ocultada pelo frenesi passageiro. Tentei pelo conhecimento empírico, mas fui calado pelos resquícios da tal “FÉ”. Enfim, mostrei-lhes que afinal não havia sentido nessa busca por sermos tão diferentes em pensamento, crença, raça, gênero... E eles prosseguiram. Prosseguiram na direção de falsos tutores, tutores que amavam ouvir porque sempre lhes diziam o que desejavam – era tão bom, quase lhes acariciava os ouvidos.

        Rejeitado em meus ensinamentos, decidi pesquisar dentro de mim um sentido para tal dilema. É óbvio que não consegui a resposta - alguns amigos existencialistas e agnósticos o tentaram mas chegaram as mesmas conclusões que eu - somos rasos demais para tal saber. Olhei para as estrelas e pensei: “Lá está a resposta” - mas vi que para ter tal resposta teria que aprofundar-me em cada uma daquelas pequenas luzes brilhantes... Será que vale mesmo a pena?

        Até que cheguei a um nível crítico e tentei a morte – quem sabe ela não seria a resposta? – o que haveria depois dali com certeza responderia de alguma forma pelo menos parte do dilema! Mas de que valeria saber a resposta e não poder divulga-la? Voltei à estaca zero.

        É claro que não voltei a cair nos mesmos erros interpretativos - busquei algo mais antigo - comprovado por várias testemunhas, oculares e não-oculares, algumas delas usaram da razão para tentar explicar tal “resposta” para o dilema humano! Alguns chamaram de Motor do Mundo, outros de Construtor, os mais modernos chamam de Designer Universal... que termos estranhos, difíceis de entender! Após entrar em contato com essa tal “Resposta” e aprofundar-me nos escritos antigos, ouvir relatos de outros que, como eu, a haviam encontrado fiquei vislumbrado com tamanha grandeza de conhecimento, virtude e até uma espécie de paternidade...

        Agora, já não vejo as estrelas como antes, nem tento buscar algo dentro de mim, nem desejo a solidão pois sei que ela me consumiria...O único desejo que em toda essa jornada de vida ficou foi o de transmitir aqueles que desejarem ouvir, a minha nova tese – A Verdade é pessoal, imortal, transcendental e imanente. Aqueles que dela quiserem se alimentar deverão apenas deseja-la com verdade e ela então se mostrará de uma forma intensa e profunda.

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