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          O poema acima é uma paródia do poema "Se eu morresse amanhã" de Álvares de Azevedo. Segue abaixo o poema original: 

Se eu morresse amanhã, viria ao menos
Fechar meus olhos minha triste irmã;
Minha mãe de saudades morreria
Se eu morresse amanhã!


Quanta glória pressinto em meu futuro!
Que aurora de porvir e que manhã!
Eu perdera chorando essas coroas
Se eu morresse amanhã!


Que sol! que céu azul! que dove n'alva
Acorda a natureza mais loucã!
Não me batera tanto amor no peito
Se eu morresse amanhã!
Mas essa dor da vida que devora
A ânsia de glória, o dolorido afã...
A dor no peito emudecera ao menos
Se eu morresse amanhã!

Se eu sofresse um atentado amanhã!

 

Se eu sofresse um atentado amanhã, chochar-se-iam ao menos
Fecharia meus olhos com essa ideologia vã
Minha mãe de saudades morreria
Se eu sofresse um atentado amanhã!

Quantas histórias apagadas em meu futuro
que outrora não existiria amanhã
eu perderia chorando , minha vida
Se eu sofresse um atentado amanhã!

Que dó ! que céu cinza ! Que entristece a alma
Acorda a natureza não mais louçã
Não me bateria mais um coração no peito
Se eu sofresse um atentado amanhã!

Mais essa dor da vida que iria embora
a maldade que devora a vida cidadã
a dor no peito calar-se-ia ao menos
Se eu sofresse um atentado amanhã!

 

Amanda Lessa e Priscilla Silva
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