VIOLÊNCIA

O sangue, as vísceras

os gritos, o desespero

as torturas, a paranoia

parecem tão fascinantes

Quando não estou olhando o mundo real

 

O sol, o vento

as risadas, a paixão

a sensibilidade, a geada

Não quero ser como Benny, sabe?

Fruto de uma sociedade que esqueceu como sentir

 

As imagens, os vídeos

as notícias, o caos

Enquanto isso seu rosto

tão pacífico, chega a doer

mais do que uma arma de ar comprimido

 

Gosto de sentir, por mais que machuque

Gosto de viver, por mais que seja uma mentira

E entre um entretenimento sanguinolento e outro

gosto de lembrar das pequenas coisas que nos fazem humanos

 

E quando você passa

eu perco a conta das coisas bonitas que vi