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Resenha de Livros e Flores de Alcântara Machado

Vinícius Bacelar

 

Livros e Flores

Teus olhos são meus livros.

Que livro há aí melhor,

Em que melhor se leia

A página do amor?

 

Flores me são teus lábios.

Onde há mais bela flor,

Em que melhor se beba

O bálsamo do amor?

 

        Um dos principais autores do modernismo brasileiro, Alcântara Machado, mesclava em suas poesias as mais diversas escolas literárias sempre sendo criativo e inovador, mas ao mesmo tempo acessível e prático.

        A poesia LIVROS E FLORES é mais um exemplo de uma produção que parece não ter um estilo definido, recebendo influências principalmente do Romantismo. Nesse texto Alcântara mostra-se como um eu lírico sensível e vulnerável aos elementos que estão ao seu redor. Encontrando significado e profundidade nos livros e flores, metáforas para os olhos e os lábios, os principais portões do amor.

        A posição do autor ao se encantar pelas sutilezas da mulher e compará-las a livros e flores faz mais sentido se voltarmos ao passado do autor, que foi jornalista e político, profissões que na época demandavam (e ainda deveriam demandar) um conhecimento profundo sobre as ciências humanas. Alcântara conhecia, como ninguém, poesia e a idiossincrasia humana.

       O poema LIVROS E FLORES de Alcântara Machado é uma bela pérola escondida de sensibilidade, em meio a um movimento culturalmente violento, que não abandona por completo a forma métrica e estrutural das escolas literárias anteriores.

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